Demonstrando uma vez mais o potencial destrutivo do ransomware, desta vez é a própria Costa Rica que declara emergência nacional por conta de um ataque.
O ransomware é uma praga devastadora para as vítimas, quer sejam utilizadores individuais que ficam sem acesso às suas fotos privadas e documentos; empresas, que se arriscam a ter dados confidenciais revelados e serem obrigadas a suspender as operações; hospitais, potencialmente revelando informação médica confidencial dos pacientes; ou, como agora acontece, um país.
Um ataque do Conti ransomware afectou diversas entidades da Costa Rica, incluindo o Ministério das Finanças e o Ministério do Trabalho e Segurança Social, entre outras. Um ataque que terá sido suficientemente danoso para que o seu Presidente declarasse o estado de emergência nacional.
O atacante diz ter realizado o ataque por interesse puramente financeiro, sem estar afiliado com qualquer país ou grupo, e criticando o governo da Costa Rica por não ter pago o resgate para "resolver o problema", em vez disso tendo pedido assistência aos EUA para lidar com o ataque. Diz que o ataque deverá ser visto como uma mera demonstração, e ameaça no futuro desencadear ataques com uma equipa e com efeitos mais devastadores.
Por agora o resultado terão sido 672 GB de dados, que estão a ser revelados, e aparentemente incluindo dados do serviço de Finanças.
O ransomware Conti, tal como outros, opera como um serviço. Em que "qualquer pessoa" pode pagar uma mensalidade e comissão pela utilização do mesmo, e depois realizar os ataques contra os alvos que bem entender, sem ter que se preocupar com as questões técnicas do desenvolvimento ou manutenção do ransomware ou das suas infraestruturas. É por isso extremamente fácil para qualquer pessoa ou grupo, aventurar-se nesta lucrativa - mas ilegal - actividade. A unica parte positiva é que, a cada novo ataque mediático, como este, se vão concentrando esforços globais para perseguir o ransomware como uma ameaça crítica para a nossa sociedade digital.
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a maldade humana no seu melhor, basta ver o que está a acontecer na Ucrânia
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