Volvo adopta Unreal Engine para interface nos automóveis

A Volvo anunciou que também irá passar a utilizar o Unreal Engine para os interfaces nos seus automóveis eléctricos.

Nos últimos anos os automóveis têm-se tornado, cada vez mais, computadores sobre rodas - com isso a fazer-se notar ainda mais com a transição para os automóveis eléctricos. E com isso, muitos fabricantes automóveis tradicionais deparam-se com a necessidade de se tornarem "estúdios de software". E, tal como estes, também eles apreciam todas as ajudas que puderem ser dadas pelos produtos já existentes, como é o caso do Unreal Engine.

O Unreal Engine há muito que deixou de ser usado apenas para jogos, sendo também frequentemente usado no cinema e TV. E a sua última ofensiva é a expansão para o sector automóvel, tornando-se numa plataforma capaz de gerar interfaces de alta-qualidade e em tempo real. Algo que o ano passado já convenceu a GMC a adoptá-lo para o Hummer eléctrico, e que agora passa também a incluir a Volvo.

É verdadeiramente vergonhoso que, ainda hoje em dia, se entre num carro de 50 mil euros (ou mais), e nos deparemos com interfaces que demoram quase um segundo a reagir a qualquer clique, ou que saltitam de ecrã em ecrã a um frame rate que mais parece um slideshow. Faz-me recordar os anos que sofremos com apps de navegação GPS a fazer saltar o ecrã de segundo a segundo, até finamente se começar a ter apps que começaram a mostrar os mapas de forma fluida.

Chegar ao ponto de ter o Unreal Engine no carro é aquilo que se pode considerar de "passar do 8 para o 80", mas esperemos que pelo menos faça os demais fabricantes automóveis terem vergonha e começarem a dar um pouco mais de atenção à fluidez dos seus interfaces.