O cenário de crise também se faz sentir na venda de smartphones, caindo para os valores mínimos da era pós-pandemia.
O desejado cenário de recuperação no segmento mobile foi de curta duração, com os dados da Canalys a revelarem que o envio de smartphones no segundo trimestre de 2022 caiu 9% para os 287 milhões de unidades.
Este é o valor mínimo desde o início da pandemia no 2º trimestre de 2020 e põe um ponto final nas expectativas da "recuperação" que estava a ser antecipada. E esta queda tem impacto a vários níveis, todos eles problemáticos para os fabricantes.
Do cenário de falta de componentes podemos agora passar para um cenário com excesso de componentes, tanto nos fornecedores que reforçaram a produção e agora podem ver os clientes recuarem nas encomendas, como nos próprios fabricantes, que tivessem assegurado um stock mais generoso, e que agora ficam com peças a mais que não conseguem despachar. Isto para não falar dos fabricantes que já acumulam milhões de smartphones nos armazéns, que vão perdendo valor a cada dia, levando a tentativas de "despachá-los" com promoções que, também elas, acabam por ter repercussões a múltiplos níveis (como desvalorizar os modelos para venda em segunda mão). E temos ainda a questão de que, mesmo os novos modelos, têm que enfrentar um mercado que, perante todas as incertezas, pode simplesmente optar por adiar por mais um ano a troca de smartphone, preferindo jogar pelo seguro.
Ainda assim, a Samsung está confiante que os seus dobráveis continuarão a ser preferidos, reforçando a produção da sua gama Fold; e a Apple, apesar de todas as crises, continuar a vender os seus iPhones sem grandes problemas. Agora é aguardar para ver como é que o resto do ano será, e esperar que em 2023 as coisas fiquem melhores.
2022/07/29
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