A Pearson quer transformar ebooks em NFTs, para poder cobrar comissão sobre as vendas dos mesmos.
Há casos em que as novas tecnologias permitem avanços e simplificam a vida às pessoas, mas no caso das editores de livros não seria de esperar outra coisa que não o contrário. Depois de terem desperdiçado a oportunidade que os ebooks permitem, fazendo com que, em muitas situações, os ebooks se tornem menos práticos do que os livros físicos - por conta de coisas como o DRM - agora temos a Pearson a querer ir ainda mais longe.
Os livros digitais já estão sujeitos a inúmeras restrições, que por vezes acabam por fazer com que os legítimos compradores tenham que os "crackar" para os poderem utilizar convenientemente. Mas, a Pearson quer agora embarcar na onda dos NFTs para continuar a ganhar dinheiro sobre a venda dos ebooks em segunda mão.
Os NFTs utilizam tecnologia blockchain para assegurar a autenticidade de um bem digital, permitindo que alguém possa dizer que tem o original de uma foto, imagem, música, documento, livro, ou qualquer outra coisa, apesar de poderem haver milhões de cópias digitais. Mas, isto cria também uma relação de dependência com a empresa que gerir esses NFTs, que é precisamente a parte em que a Pearson está interessada, para cobrar comissões de cada vez que alguém que tiver um ebook o quiser vender.
Enquanto isso, e com tanta tecnologia, e computadores oferecidos aos alunos, temos as crianças a carregar quilos de livros para a escola diariamente, com toda salgalhada de depois devolver os livros no final do ano lectivo, para repetir a dose no ano seguinte.
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Mais um argumento contra a péssima ideia do conceito "blockchain".
ResponderEliminarA única coisa "errada" (e aqui é questionável se é errado ou não), é a perpetuidade da da comissão na revenda.
ResponderEliminarPorque de resto, autenticar um livro digital, ou outro qualquer asset digital faz todo sentido. Principalmente nos dias de hoje.