Os sistemas de geração de imagens por AI são impressionantes e começam a ficar cada vez mais acessíveis ao público em geral (até já estão disponíveis no TikTok). Mas desta vez dão que falar por terem sido usados para vencer um concurso de arte.
Jason Allen participou no concurso com o seu "Theatre d’Opera Spatial", e acabou por vencer. A diferença é que a sua imagem foi criada pelo sistema de AI Midjourney, o que acabou por gerar polémica quando se começou espalhar pelas redes sociais. Uma polémica que o criador, e os próprios organizadores do concurso, dizem ser completamente despropositada, já que a obra foi submetida numa categoria para imagens "alteradas digitalmente", e nunca foi escondido que tinha sido usada com auxílio do Midjourney, algo que alguns equiparam a ser apenas mais uma ferramenta digital, tal como o Photoshop e outros programas.
Não há dúvida que estas ferramentas de AI são poderosas e abrem todo um novo mundo de possibilidades. Mas, não é pelo facto de todas as pessoas andarem com uma câmara no bolso que deixaram de haver fotógrafos profissionais, e não será pelo facto de haver AIs capazes de criar imagens (ou vídeos) que deixaremos de ter pintores ou realizadores. Torna-se até bastante caricato assistir repetidamente a este tipo de evoluções, como se não tivesse chegado o exemplo dos discos e da rádio, que quando surgiram também foram descritos como sendo o fim dos músicos e cantores, já que toda a gente poderia ouvir música em sua casa, continuamente, sem precisar de músicos ao vivo.
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