A Clearview AI, que apanhou todos os rostos que conseguiu apanhar na internet, vai acumulando milhões de euros em multas recorrentes.
A Clearview AI tornou realidade aquilo que já se sabia que aconteceria mais cedo ou mais tarde: saber que é praticamente qualquer pessoa do mundo através do seu rosto, para isso tendo percorrido e recolhido, sem autorização, milhões de fotos que estavam na internet. No início do ano, a empresa dizia ter uma base de dados com 100 mil milhões de imagens.
Mas, nem todos levam tão levianamente esta recolha intempestiva para fins dúbios, e a entidade de privacidade de dados em França (CNIL) avança com nova multa de 20 milhões de euros por ter recolhido e processados informação biométrica referente a cidadãos franceses, sem autorização.
A multa junta-se a outras idênticas, de entidades de outros países (Grécia e Itália, até à data) e é acompanhada da exigência da suspensão permanente da recolha de rostos e da eliminação dos dados já recolhidos, num prazo de dois meses. Passado esse prazo, a CNIL irá aplicar uma multa de 100 mil euros por cada dia que passe sem que essas condições sejam cumpridas. A CNIL já tinha emitido um aviso final à Clearview AI em Dezembro de 2021, que não teve qualquer resposta.
É muito provável que outros países repliquem estes procedimentos, fazendo com que a Clearview AI fique numa situação bastante complicada. O problema é que, seguramente existirão outras entidades a fazer exactamente aquilo que a Clearview AI fez / faz, só que sem o anunciarem ou admitirem publicamente.
2022/10/21
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