Apesar da Google ter dito que o faria, o Google Maps não está a apagar o histórico de visitas a clínicas de abortos, fertilidade e outros locais sensíveis.
Não é segredo que, para quem usa o Google Maps e tem o histórico de localizações activado, é automaticamente criado um registo detalhado que mostra onde se esteve em cada momento do dia, para cada dia. Muitas vezes isso pode ser benéfico (como para esclarecer onde se estaria quando se recebe uma multa passados meses ou anos), mas noutros casos pode voltar-se contra o próprio utilizador.
É isso que acontece nos EUA, onde vários estados têm estado a criminalizar o aborto, e onde se pode chegar ao ponto das autoridades pedirem o histórico da localização de uma pessoa. Em resposta, a Google tinha assegurado que as visitas a esses tipos de locais seria automaticamente eliminada, mas a verdade é que isso não está a ser feito de forma consistente.
Embora nalguns casos as visitas sejam eliminadas do histórico da localização, por vezes os locais mantêm-se, ou são meramente substituídos por outros locais nas proximidades - que continuariam a poder ser usados para acusar a pessoa.
A Google também parece não estar muito interessada em clarificar o processo de eliminação, dizendo apenas que faz os possíveis para proteger os utilizadores, e que estes têm sempre a opção de eliminarem os dados manualmente. E efectivamente, parece que terá mesmo que ser este o processo: quem estiver preocupado com a visita a um certo local poder vir a ser usada contra si, deverá ter o cuidado de ir ao histórico do Google Maps e eliminar as localizações potencialmente problemáticas.
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