2024/03/02

Apple recua na remoção de web apps no iOS 17 na Europa

Apesar de dizer que "era pouco usada", a Apple recuou na remoção do suporte para web apps no iOS 17.4 que marcará o início da abertura da plataforma exigida pela legislação europeia.

Sendo que parte dessas obrigações implica permitir a entrada de browsers concorrentes no iOS (até agora todos os "concorrentes" são forçados a usar o WebKit do sistema), a Apple tinha anunciado que iria remover as web apps na Europa porque não podia garantir a "segurança" das mesmas quando estivessem a ser executadas por outros browsers. Uma desculpa que desde logo não convenceu os developers, sendo vista como mais uma das medidas da Apple de tentar bloquear o acesso ao iOS por parte de elementos fora do seu controlo, neste caso, a nova geração de browsers concorrentes, que ficariam com capacidade de adicionar web apps ao ecrã principal, e assim disponibilizar toda uma série de apps totalmente à margem da Apple.

A Apple também dizia que as web apps tinham uso negligenciável, mas afinal parece que o uso negligenciável - ou o facto da UE começar a investigar esta remoção - foram suficientes para que a Apple reconsiderasse a sua posição e agora anunciasse que afinal não vai remover as web apps no iOS 17.4.
Claro que, tratando-se da Apple, já se sabe que toda e qualquer manobra vem acompanhada de um "asterisco". E neste caso, a Apple diz que vai manter o suporte para as web apps, mas que apenas o fará no Safari e nos browsers que continuarem a utilizar o motor WebKit do sistema - deixando de fora os browsers concorrentes. Algo que se pode argumentar que talvez tivesse sido o seu objectivo desde o início. No entanto, resta saber se as coisas irão ficar por aqui, ou se a UE irá bater o pé e exigir que a Apple disponibilize essa mesma capacidade (de adicionar web apps ao home screen, que sejam executadas em ecrã completo pelo browser desejado) aos browsers concorrentes. Mas, isso poderá ficar para mais tarde, por agora será mais importante esclarecer a situração da Apple querer cobrar uma taxa Apple sobre todas as distribuídas por app stores alternativas, incluindo apps gratuitas, que se sujeitam a pagar milhões de euros por ano à Apple.

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