A nova série Pixel 9 da Google vem com uma novidade que promete melhorar o desempenho da IA: uma porção dedicada de RAM reservada especificamente para tarefas AI no dispositivo. Os modelos Pixel 9 receberam um aumento na capacidade de RAM, com o modelo base a vir equipado com 12 GB e as versões Pro a chegar aos 16 GB. Este aumento na memória destina-se a acomodar as exigências da Gemini AI da Google, que tem funções que são executada no dispositivo.
A Google vai reservar uma porção da RAM em todos os modelos Pixel 9 para executar o Gemini Nano, o seu sistema de processamento AI, de forma mais eficiente. Esta memória reservada tem como objectivo garantir que funcionalidades AI, como os Screenshots do Pixel e a nova função Add Me, operem de forma fluida e rápida. A Google não divulgou exactamente quanta memória irá ser reservada para este fim, mas tendo em conta o tamanho ocupado pelos modelos AI compactos, podemos antever que seja de cerca de 4 GB.
A parte mais estranha é que parece que este bloco de memória RAM se manterá reservado e indisponível mesmo que os utilizadores não queiram usar funcionalidades AI, o que pode ser indicador de que a Google continuará a fazer algum processamento AI internamente para funções do sistema - mas potencialmente isso podendo ser alterado no futuro, para permitir o uso dessa memória para apps.
A par da evolução a nível dos NPUs e GPUs, este processamento AI arrisca-se a ser responsável por se assistir a um aumento da quantidade de RAM nos smartphones e tablets, bastando relembrar que a anterior geração Pixel 8 vinha "apenas" com 8 GB de RAM. Apesar de alguns fabricantes já se terem aventurar nos smartphones com 16 GB, isso agora poderá começar a tornar-se bastante mais comum, e os 12 GB passarem a ser o novo patamar base de referência.
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