Elon Musk tentou fechar um acordo exclusivo com a Apple antes do lançamento do iPhone 14, oferecendo o serviço Starlink como solução de conectividade por satélite. Em troca, Musk queria um pagamento inicial de 5 mil milhões de dólares seguido de uma anuidade de mil milhões por ano. A Apple recusou a proposta, levando Musk a ameaçar o lançamento de uma funcionalidade global, compatível com iPhones, o que acabou por acontecer semanas mais tarde, com o anúncio da parceria entre a SpaceX e a T-Mobile - que leva serviço de satélite a praticamente qualquer smartphone sem necessidade de hardware especial.
A disputa agravou-se quando a SpaceX iniciou processos legais contra a Globalstar, parceira da Apple no serviço satélite, acusando-a de desperdiçar espectro e impedir a concorrência. Se vencer em tribunal, a SpaceX pode comprometer o funcionamento das funcionalidades satélite dos iPhones. Em paralelo, Musk pressionou a Apple para alargar o suporte ao serviço de satélite com a T-Mobile a modelos mais antigos do iPhone, para maximizar o alcance da funcionalidade. No entanto, a Apple tem-se recusado em fazer chegar essa capacidade a modelos anteriores ao iPhone 14, o que tem irritado Musk e a SpaceX - que ficam sem acesso a milhões de utilizadores nos EUA com iPhones mais antigos.
Neste momento, e com as ligações preferenciais de Musk ao governo de Trump e à própria FCC, a par do aparente desagrado de Trump com a Apple (ameaçou tarifa de 25% se a Apple não fabricar os iPhones nos EUA), as coisas parecem não estar fáceis para a Apple, que também está a ver escapar o domínio que tinha sobre o iOS a nível da cobrança de comissões sobre todos os pagamentos, tanto na UE como nos próprios EUA.
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