A evolução no sector mobile tem feito em poucos anos aquilo que nos desktops demorou décadas, e para 2017 todos os principais fabricantes de CPUs/SoCs preparam novas versões dos seus chips mais potentes.
Como seria de esperar, a Huawei está já a trabalhar no sucessor do Kirin 960, processador que equipa o seu Mate 9. Tendo em conta que este é o processador com melhor desempenho na actualidade, batendo até o Snapdragon 821 da Qualcomm, a Huawei tem em mãos uma tarefa bastante exigente, mas por certo altamente aliciante.
O Snapdragon 835 já foi apresentado e em breve chegará ao mercado para tentar recuperar a liderança dos chips mobile. Aliás, basta recordar a diferença de desempenho que até há bem pouco tempo os Kirin apresentavam face aos Snapdragon. Embora conseguissem um desempenho fluído e baixo consumo energético, não estavam ainda capazes de fazer frente às propostas da Qualcomm. Nesta altura a situação inverteu-se, e é a Qualcomm que terá de correr atrás do prejuízo, para bater o desempenho do Kirin 960.
Quem ganha com esta luta titânica é o consumidor, que fica assim com mais uma proposta de alto nível à sua disposição. Em 2017 vamos naturalmente assistir à chegada dos sucessores dos Snapdragon 821, Kirin 960 e MediaTek X20/X25. Tradicionalmente, tem sido a Qualcomm a ser a primeira a colocar os seus processadores no mercado, aproveitando para isso o lançamento dos topos de gama da LG e Samsung no MWC. A Huawei por seu turno tem optado pela série Mate no final do ano, tal como aconteceu recentemente com o Mate 9.
Os dados agora publicados na Weibo apontam para três propostas com processo de fabrico de 10nm e velocidade máxima semelhante. A Qualcomm e Huawei optam pelos octa-core, enquanto que a MediaTek mantém a aposta num deca-core.
Com o Galaxy S8 a chegar no MWC, será que vamos ter a antecipação do Huawei P10 para a mesma data? E virá este como a tradicional evolução do Kirin apresentado no Mate, ou será que a Huwei avança para o Kirin 970? Em Fevereiro já ficaremos a saber, mas uma coisa é certa: em 2017 teremos dispositivos mobile mais potentes que nunca.
Por: Luis Costa
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