Depois de (finalmente) admitir estar a abrandar os iPhones com baterias mais usadas, a Apple enfrenta agora vários processos por parte dos utilizadores que não estão dispostos a considerar que isto seja tão "normal" quanto a marca tenta fazer passar.
Demorou, mas perante o número crescente de utilizadores a reclamarem da lentidão dos seus iPhones e as provas que se iam tornando cada vez mais irrefutáveis, a Apple lá foi forçada a admitir que efectivamente está a reduzir a velocidade dos iPhones, dizendo que é necessário para evitar que o iPhone se desligue de forma inesperada devido à incapacidade da bateria em responder às solicitações do sistema em situações mais exigentes.
Esta foi a "solução" encontrada pela Apple para resolver as queixas de que havia iPhones 6 a desligarem-se espontaneamente e sem motivo aparente, tendo inicialmente começado por substituir as baterias, mas mais tarde - perante um casos cada vez mais frequentes - disse ter resolvido o problema através de uma actualização de software. O que não disse, nessa altura, é que a resolução passava pela redução da velocidade dos iPhones, de forma gradual e progressiva à medida que a bateria vai envelhecendo, até atingir valores que se fazem sentir - e bem - na utilização no dia a dia destes equipamentos.
Não será por isso de espantar que nos EUA já estejam em marcha vários processos "class-action" contra a Apple a respeito deste abrandamento; sendo que me parece que, por muitas tentativas de justificação técnica que a Apple utilize, o caso se resume a dois pontos essenciais:
- Se a Apple sabe que isto acontece, porque motivo não dimensiona as baterias por forma a garantir o desempenho máximo durante pelo menos o período de garantia dos iPhones? (Afinal, nenhum outro fabricante tem necessidade de abrandar os seus smartphones, mesmo após anos de uso intensivo.)
- Porque motivo fez este abrandamento em segredo, não dando qualquer indicação ao utilizador que o seu iPhone pode estar a funcionar a 40% da velocidade a que deveria estar a funcionar - e tendo demorado mais de um ano a admitir que o fazia.
Nem que seja apenas por estes dois pontos, espero bem que daqui saia uma sanção exemplar e a exigência de que a Apple rectifique a situação: quer seja através de um programa de troca de baterias, quer - no caso de uma decisão mais "suave" - através de uma indicação clara nos iPhones que informe os utilizadores de que os seus dispositivos estão a funcionar em modo "de lentidão propositada".
... E que seja um processo rápido: no caso contra a Qualcomm a Apple está a ser multada em 25 mil dólares por dia por não apresentar os documentos que devia. ;P
A Apple criou aqui um grande problema. Uma bateria que deve durar cerca de 500 ciclos para reter 80% da capacidade original, não é compreensível nem aceitável que muito antes desses 500 ciclos um cliente se depare com um equipamento a funcionar numa frequência inferior. Um iPhone 7 que antes funcionava a 2.34 Ghz, agora com pouco menos de um ano e menos que os 500 ciclos de bateria apenas funciona a 1.64 Ghz. Daqui a mais uns 3 meses , deve estar pelos 1.35 Ghz como ja vi alguns. Enquanto não não faço uma visita a um centro de reparação autorizado da Apple, fico a aguardar as cenas dos próximos capítulos...
ResponderEliminarPor um lado compreendo a decisão que tomaram, afinal a bateria degrada e vai perdendo capacidade levando o telemóvel a desligar-se, o que não é consistente com a experiência premium que vendem e que os clientes esperam. Por outro parece forçar as vendas de novos telemóveis ao criar nos utilizadores a ideia de que o equipamento já está ultrapassado
ResponderEliminarChama-se a isto falta de verg.... Oops, queria dizer, obsolescência programada!
ResponderEliminarMas é só a Apple que faz isso? A mim parece que até é a que faz menos.
ResponderEliminarSe indicares exemplos concretos será melhor do que fazer insinuações.
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