2018/08/20
ARM pressiona Intel com novos chips até 2020
A evolução que o processadores ARM têm tido nos últimos anos em termos de desempenho e eficiência, vai tornando-os em alternativas a ter em conta para o mercado dos PCs e portáteis, e para os próximos anos essa será uma forte aposta da ARM, que coloca os chips da Intel na sua mira.
Não é segredo que a ambição da ARM é ter chips adequados para todas as aplicações, e depois do crescimento quase "exponencial" por conta da smartphones, também se tem aventurado em segmentos como o dos servidores e computadores tradicionais. A própria Microsoft teve de se preparar para esta nova realidade, disponibilizando um novo Windows adaptado para a arquitectura ARM, mas curiosamente (ou não) acabou por não utilizar este tipo de processadores nos seu Surface Go.
Mas outras marcas não quiseram esperar mais e já lançaram computadores com CPUs Snapdragon 835. E embora esse chip ainda revele algumas limitações para este tipo de aplicação, a ARM promete que isso será resolvido ao longo dos próximos dois anos, com os novos CPUs.
Os núcleos Cortex-A76 prometem um incremento de 35% no desempenho do processador, sendo esperados equipamentos com esta unidade lá mais para o final do ano. Mas as novidades não se ficam por aqui, planeando utilizar um processo de fabrico de 5nm em 2020.
Os núcleos A76 vão estar disponíveis em versões de 10nm e 7nm. A geração seguinte, de nome Deimos, vai ser produzida com um processo de 7nm mais amadurecido, devendo as primeiras unidades chegar ao mercado já em 2019 com um desempenho 15% superior aos A76.
Os núcleos Hercules irão substituir os Deimos e vão ser produzidos em 7nm e 5nm, um processo que ainda terá de ser desenvolvido. Em termos de ganhos, a ARM avança com 10% face ao Deimos, sendo que a versão de 5nm deverá apresentar um desempenho ainda melhor que a unidade de 7mm.
A ARM refere que os núcleos Hercules de 5nm deverão ser 250% mais rápidos que os núcleos Cortex-A73 de 16nm, se bem que estes já têm algum tempo de mercado (Snapdragon 835, Kirin 960 e MediaTek Helio X30).
A ARM espera que os núcleos Cortex-A76 se consigam bater com um Intel Core i5 7300U em termos de desempenho com apenas um núcleo, utilizando menos energia, 15W versus menos de 5W no caso do A76.
Falta saber se estes valores incluem o consumo da GPU e quantos núcleos terá o processador A76. Há ainda que ter em conta o facto do Intel 7300U ser um processador de 2017 e o A76 Hercules de 5nm só chegar ao mercado em 2020, altura em que por certo a Intel já terá novos e melhores propostas para este mercado dos processadores com baixo consumo energético.
Há por isso ainda um longo caminho a correr pela ARM, mas os planos revelados pela ARM são um bom indicador do que aí vem, e que por certo irá obrigar a Intel a manter-se atenta para não ser novamente apanhada de surpresa como aconteceu no sector mobile.
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