2019/05/21

Huawei reforça ligação à Europa em resposta ao tratamento dado pelos EUA


A inclusão da Huawei na lista negra pelos EUA ainda está a ser digerida, mas o gigante chinês está a recompor-se e a fazer questão de que o mundo não se limita aos EUA - e neste caso, relembra a sua forte ligação e presença na Europa.

Abraham Liu, representante da Huawei para as instituições da União Europeia, a propósito da implementação da tecnologia 5G na Europa, fez um discurso onde não deixou de referir vários pontos importantes.


Para além de acusar os EUA de se comportarem como um bully e violarem a sua própria constituição, dizendo que a presunção de inocência foi algo que nunca foi aplicado à Huawei - e que deverá ser encarado como um sinal de alerta para todas as restantes empresas internacionais "Hoje é algo que acontece à Huawei; amanhã é algo que pode acontecer a qualquer outra empresa", ao sabor dos caprichos de quem se sentar na Casa Branca.

A tentativa de definir a Huawei como empresa totalmente chinesa é também rebatida, com Liu a relembrar que a Huawei tem estado presente na Europa há quase 20 anos, onde emprega mais de 12 mil pessoas, 70% deles sendo pessoas locais, feito parcerias com mais de uma centena de universidades e centros de investigação, e onde, só em 2018, gastou mais de 5.6 mil milhões de euros em produtos e serviços. Quando se fala do 5G da Huawei, o mais correcto será falar de um 5G que foi desenvolvido com a ajuda de milhares de engenheiros e todas estas organizações europeias.

Apelando à memória do sonho de unificação que surgiu após a 2ª Guerra Mundial e que veio a culminar na criação da União Europeia, Abraham Liu diz que a Europa está novamente perante uma oportunidade para se assumir como líder na adopção e desenvolvimento de novas tecnologias. E relembra o voto de confiança que múltiplos países europeus deram à Huawei, continuando interessados na sua tecnologia para transitar para as redes 5G.


P.S. Ainda assim deixa também claro que a Huawei continua a fazer todos os esforços para reverter a situação que considera ser injusta nos EUA.

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