Um utilizador do Starlink beta decidiu por o sistema à prova levando a antena para uma floresta remota.
Viver em zonas urbanas pode deixar-nos mal habituados, confiantes de que permanecemos ligados ao mundo através dos nossos smartphones, ou com ligações de fibra em nossas casas. Mas o mundo é um local muito mais vasto, e a maioria da sua superfície continua sem acesso a redes de comunicação decentes. Algo que a rede Starlink da SpaceX quer mudar... e já o está a fazer.
Por agora disponível ainda em fase beta, o serviço Starlink já arrancou com uma mensalidade de $99 (e kit inicial de $499), e quem aderiu já começou a por à prova as suas capacidades. Depois de ter comprovado o funcionamento em casa, um utilizador decidiu levar o sistema para o meio de uma floresta longe de qualquer sinal de rede tradicional, e onde veio a obter velocidades de 120 Mbps em download, upload de 12 Mbps, e latência de 37 ms (e como curiosidade, o consumo do sistema era de cerca de 116W durante as comunicações).
De notar que ainda faltam milhares de satélites para a constelação Starlink ficar concluída, e com cada novo lote que é enviado para o espaço a rede fica com melhor cobertura e melhores prestações - com a SpaceX a dizer que espera reduzir a latência para valores abaixo dos 20ms no Verão de 2021. Para comparação, nos serviços de dados via satélites geoestacionários, como o Viasat Exede e HughesNet, as latências são de 640 a 730 ms, e as velocidades ficam-se pelos 20Mbps em download e 3Mbps em upload.
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Melhor do que a grande maioria do pessoal tem em casa... e isso falo cá que é boa, lá nos states ui
ResponderEliminarTendo em conta que (ao contrario dos operadores) os satelites não andam mais na zona das cidades, a prestação deverá ser a mesma em qualquer parte do mundo... o que torna este sistema muito apelativo onde não existe qualquer outro tipo de serviço terrestre (e ainda apelativo quando comparado com o convencional sistema de satélites geoestacionarios que têm delays grandes na comunicação e limitação de banda porque os satélites estão "fixos" e todas as antenas do planeta têm de apontar para aquele ponto).
ResponderEliminarNão há informação sobre para que capacidade foi desenhada esta rede?
ResponderEliminarParece-me que haverá limites físicos concretos bem evidentes, uma vez que a comunicação é sem-fios há logo o problema da concorrência de acesso.
Outra ponto interessante, será perceber o efeito das condições meteorológicas. O que acontecerá à latência já muito alta e velocidade com tempo muito nublado ou de chuva?
Eu noto bem a diferença do "meu 4G" que tem de percorrer umas centenas de metros, imagino 550Kms.