2020/11/08

Tarifário Lycamobile em Portugal vs Espanha e França

A propósito dos operadores piorarem os tarifários para os consumidores portugueses, chegando até ao ponto de fazerem regressar os limites de dados nas ligações fixas(!), temos também o exemplo da disparidade dos tarifários da Lycamobile entre Portugal, Espanha e França.

Enquanto os operadores de primeira linha nacionais vão tentando distorcer a realidade, incessantemente insistindo que os portugueses estão muito bem servidos com os serviços que lhes são oferecidos - sendo por mera "coincidência" que os tarifários fiquem alinhados praticamente ao cêntimo; também os operadores móveis virtuais, que usam as suas redes acabam por ser um reflexo das condições que existem nos diversos países.

Olhando-se para a Lycamobile, a diferença das condições e preços praticados em Portugal, Espanha e França, é esclarecedora e dissipa toda e qualquer dúvida sobre o que se passa.

Enquanto em Portugal os portugueses são convidados a pagar 15 euros para terem 5 GB de dados, 600 minutos de chamadas nacionais e umas ridículas 100 SMS nacionais; em Espanha esses mesmos 15 euros dão acesso a 14GB de dados, chamadas e SMS nacionais ilimitadas, e 50 minutos de chamadas internacionais (e sem entrar na área dos ordenados médios em Portugal face a Espanha).

E se isto já revela um panorama péssimo face ao nosso país vizinho, então face a França a coisa torna-se ainda pior. Em França, por 14.99 euros fica-se com acesso a 50GB(!) de dados, para além das chamadas e SMS nacionais ilimitados, e 120 minutos para chamadas internacionais.


Não há mesmo volta a dar quanto ao que os nossos operadores de telecomunicações estão a fazer no nosso país, e em que em vez de nos aproximar do resto da Europa, está inexplicavelmente a fazer precisamente o oposto; piorando os tarifários disponíveis - conforme demonstrado pelo regresso dos limites de dados em patamares de tarifários que, há uns meses atrás, permitiam ter ligações ilimitadas a velocidades imensamente superiores.

11 comentários:

  1. Uma dúvida: considerando que na UE acabaram os elevados custos do roaming, ou seja, podemos estar noutro pais da UE com as mesma condições do pais onde subscrevemos o serviço, não podemos comprar um SIM com um desses tarifários de França e utilizarmos em Portugal?

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    1. Tens limite de tempo que podes usar o roaming, pelo que a operadora te pode cortar o serviço. Mas há muitos expats em Portugal que fazem isso.

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  2. A Licamobile só faz isto porque é um mvno e tem que se sujeitar ao que os operadores físicos lhes impõem. Portanto a raiz do problema está no mesmo sítio...

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  3. Basta comprar o tarifário da Vodafone em Portugal com o de Espanha e a meo com a SFR em franca

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  4. depois quando vemos a publicidade da NOS, a dizer que a net é rapida de mais logo podem abrandar a velocidade, ainda da mais a sensação que eles sao os bonzinhos

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    1. Quando a Martinha diz que está a acontecer é claramente a falar das pessoas a começarem a ter de fazer o upgrade dos pacotes porque os pacotes base são equivalentes àquilo que tinhamos em 2006.

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  5. é uma vergonha estas comunicações.

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  6. Por falar em MVNO's e confirmando o propósito deste artigo, reparem neste exemplo de oferta (em frança) oferecido pela NRJ mobile:

    9,99€/mês (durante 12 meses) + 150GB de dados + 10GB de dados em roaming + tudo o resto ilimitado como habitualmente neste mercado.

    https://www.nrjmobile.fr/fr/

    Além disso, veja-se que este mercado tem quase semanalmente inúmeras novidades promocionais, as quais, permitem ao consumidor encontrar facilmente excelentes alternativas:

    https://www.edcom.fr/forfait-mobile/

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  7. Acredita... tenho exactamente a mesma opinião. Começo a achar que a o jornalismo tem de fazer o que a judiciaria não faz. Incrível o quão podre o país está, a corrupção começa a roçar o ridículo.

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  8. Por principio costumo ser favorável à iniciativa privada, mas uma vez que a mesma não quer servir o país com cobertura terrestre a 100%, seria favorável ao estado retirar as licenças de exploração das radiofrequências e o próprio estado montar a dita rede com cobertura integral, redundante, com capacidade de largura de banda e preparada para as catástrofes mais graves.

    Poderiam ter uma empresa pública a explorar a sua operação (no mínimo para os serviços do estado, para não estarem a pagar aos privados para usar algo que já é pago pelos impostos), e eventualmente permitirem aos privados prestarem serviços baseados na mesma (+/- no actual modelos dos operadores virtuais) para servir às restantes pessoas.

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  9. A ANACOM???? A ANACOM é uma verdadeira palhaçada..... Tenho várias queixas por causa dos CTT e encomendas devolvidas por morada insuficiente quando nem se esforçam em emtregar e o regulador nada faz.... ia agora chatear-se com as comunicações....

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