2020/11/19

Wonder Woman 1984 estreia no Natal em simultâneo nos cinemas e streaming

O muito aguardado filme Wonder Woman 1984 vai quebrar o ciclo de adiamentos Covid-19 e manter a estreia nos cinemas este Natal, mas também ficando disponível para streaming no HBO Max no mesmo dia.

Com os cinemas praticamente desertos e em estado de calamidade, em parte devido ao receio dos espectadores se enfiarem em salas fechadas nesta época de Covid-19, mas também em grande parte devido à ausência de estreias que justifiquem a ida às alas; permanecia a incógnita se o Wonder Woman 1984, um dos últimos grandes filmes esperados para este ano, também iria optar por novo adiamento que o atirasse para 2021 ou 2022. Felizmente, não vai ser o caso... mas vai ser feita uma concessão.

O Wonder Woman 1984 vai manter a data de estreia para 25 de Dezembro mas, tendo em conta o panorama de Covid-19 que se vive a nível mundial, que faz com que em muitos países as salas de cinema possam nem sequer estar abertas, o filme irá também ser disponibilizado nessa mesma data no serviço de streaming HBO Max.

Para que não restem dúvidas de que se trata de uma situação excepcional, o filme só estará no HBO Max durante 30 dias a partir da data de lançamento, e depois ficará sujeito ao atraso habitual de entrada nos serviços de streaming. Ou seja, por um lado é de saudar que a Warner Media queira manter o filme como um "símbolo de esperança" para os fãs do cinema; mas por outro lado fica desde já garantido que o filme terá uma receita de bilheteira muito mais reduzida do que teria se estrasse numa época "normal". Sendo também inevitável que o filme de imediato apareça nos canais piratas, e se espalhe por todo o mundo (onde não haja sequer HBO Max).

Se o objectivo era demonstrar um gesto de boa vontade, mais valia ter chegado a acordo para disponibilizar o filme temporariamente em todas as plataformas de streaming... mas imagino que a boa vontade em Hollywood não dê para tanto.

É fácil de prever no que vai dar: Wonder Woman 1984, um flop nos cinemas, e o filme mais pirateado de 2021 em apenas uma semana.



1 comentário:

  1. Acho que a ideia é comparar quantas pessoas veem nos cinemas e quantas veem no serviço a pedido da própria empresa WarnerMedia, e talvez com base nesses valor decidirem como prosseguem.
    Imaginem: 4 milhões no serviço a pedido pela Internet e 500 mil nas salas de cinema... está visto que existe verdadeiro potencial para ganhar dinheiro.
    O problema está na tal pirataria do conteúdo, que quando está nas salas de cinema tudo é feito para dificultar a captura de imagens.
    Pessoalmente já teria resolvido este problema há muitas décadas: envio do filme em simultâneo para a maior parte dos países do mundo via satélite. As pessoas compravam o bilhete para ver o filme via Internet ou via intermediários locais para quem não tivesse possibilidade de comprá-los via Internet, davam um determinado código associado ao seu cartão de desbloqueio de canais satélite (para o sistema reconhecer a pessoa e associar uma chave de desbloqueio que era enviada para o aparelho descodificador), e depois no dia da estreia e durante determinado tempo em que estivesse disponível a pessoa entrava num canal dedicado ao mesmo, onde passava em repetição o tempo todo e assistia quando quisesse, as vezes que quisesse, com quem quisesse.
    Hoje em dia talvez o vídeo fosse descarregado para o receptor satélite e desbloqueado na altura da estreia para ser visto e revisto as vezes que a pessoa quisesse.
    Existiria pirataria? Já existe. Mas com centenas de milhões de clientes a pagar pelo planeta todo o lucro estaria (praticamente) garantido mesmo com pirataria... e poupava-se bastante com todos os intermediários.

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