A logística da distribuição das vacinas Covid-19 é complicada pelo facto de algumas delas terem que ser mantidas a temperaturas de -70°C, algo que fez com que uma empresa criasse um avião por medida para esta função.
A Tecnam é uma empresa aeronáutica italiana que fornece peças para outros fabricantes e também tem os seus próprios aviões, e que agora criou uma versão concebida especificamente para o transporte de vacinas Covid-19. Para isso, pegou num dos seus aviões P2012 de 11 lugares, removeu todos os assentos de passageiros, e recorreu a um fabricante de congeladores para transformar o avião num verdadeiro congelador voador.
As vacinas Covid-19 da Pfizer têm que ser mantidas a temperaturas de cerca de -70°C, e depois de descongeladas podem ser guardadas num frigorífico normal a temperaturas de 2-8°C durante cinco dias até serem aplicadas. Com este avião, a empresa garante a capacidade de manter temperaturas de até -86°C durante o voo, e manter temperaturas de -65°C durante 12 horas com o sistema desligado e pronto para ser transferido e transportado. O P2012 TravelCare pode transportar até 115 mil vacinas de cada vez.
Como se trata de um avião de pequenas dimensões, tem ainda a vantagem de poder aterrar em pistas de terra ou improvisadas, com apenas 560 metros; e de poder fazer chegar as vacinas mais perto do seu destino final de forma mais rápida e sem necessidade de usar múltiplos meios de transporte que podem não garantir a manutenção das temperaturas adequadas. A Tecnam diz que o custo de distribuição pode ser de apenas 0.004 euros por dose, por hora de voo.
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