O WhatsApp junta-se às vozes críticas contra o spyware do NSO Group, provando que os ataques em larga escala são comuns, ao contrário do que a empresa quer fazer passar.
O recente caso de uma nova vaga de pessoas infectadas com o spyware do NSO Group, e de uma lista de 50 mil números de telefone de potenciais alvos, que incluem presidentes e primeiros-ministros, tem voltado a atrair as atenções sobre a polémica empresa. E agora é o WhatsApp que vem demonstrar que as "desculpas" do NSO Group são uma verdadeira palhaçada.
O NSO Group tem dito que o seu software é usado apenas em casos muito pontuais contra alvos de especial interesse, e que não ultrapassariam uma centena de casos por ano; ao que o WhatsApp contrapõem com dados concretos, de que enfrentou uma vaga de ataques do NSO Group em 2019 contra 1400 utilizadores do WhatsApp, que tentarem explorar uma vulnerabilidade que existia na altura. Um ataque cuja dimensão não só demonstra imediatamente a falsidade das declarações do NSO Group, como também tinha por alvo pessoas que dificilmente poderiam ser consideradas "alvos de especial interesse", incluindo jornalistas, activistas, e outros.
O responsável do WhatsApp diz que este é o momento perfeito para que a Apple e Google deixem bem claras as suas posições contra este tipo de ataques, e que não se limitem a desvalorizar o incidente dizendo que só afectam uns poucos milhares de pessoas num universo de centenas ou milhares de milhões. Ou se pode ter a confiança de que um smartphone é um dispositivo seguro, ou ninguém está livre de que o mesmo esteja a ser utilizado para escutar tudo o que diz, escreve, que fotos tira, e por onde anda.
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