As autoridades espanholas dizem ter detectado o spyware Pegasus nos iPhones do Primeiro Ministro e da Ministra da Defesa.
O spyware Pegasus começa a revelar ser de uso bastante mais indiscriminado do que o NSO Group tentava fazer crer, dizendo que só era fornecido a entidades de confiança e apenas para uso contra "terroristas" e "criminosos". Desde então já se descobriu que era usado para espiar todo o tipo de alvos, de jornalistas a activistas, passando por empresários, políticos e até membros da realeza. Ou seja, tudo e todos, desde que houvesse qualquer mínimo interesse nisso.
O Primeiro Ministro espanhol, Pedro Sanchez, e a Ministra da Defesa, Margarita Robles, passam também a fazer parte do grupo de espiados - mas não deixará de ser algo suspeito que isto seja revelado poucas semanas depois de se suspeitar que as autoridades espanholas estivessem a usar o Pegasus para espiar políticos e activistas catalães.
Se se vier a descobrir que estavam a ser espiados pelas suas próprias forças da autoridade (espanholas), mesmo que sendo de alguma facção a favor da independência da Catalunha, as coisas podem revelar-se bastante complicadas e fazer abanar os alicerces da própria democracia espanhola.
A única parte positiva é que, fica novamente demonstrado que, havendo vulnerabilidades, propositadas ou acidentais, é uma ilusão achar que as mesmas só irão ser usadas para os fins legítimos e legais.
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