A Tesla parece que irá retroceder na sua postura, voltando a aplicar radares nos carros a partir de Janeiro de 2023.
A posição de Elon Musk quanto à aplicação de sensores adicionais nos carros é bem conhecida, dizendo que bastam as câmaras para permitir que um carro conduza de forma completamente autónoma - equiparando-o ao que os humanos fazem apenas com os seus olhos. Isso já levou à remoção dos radares e, mais recentemente, até dos sensores ultra-sónicos. Mas, em breve poderá ser chamado a dar explicações, já que a partir de Janeiro os Tesla deverão começar a vir equipados com um novo radar.
É uma alteração que a Tesla pediu à FCC para manter confidencial durante dois meses, para não prejudicar as vendas, e que certamente irá levantar bastantes questões entre os actuais clientes. Clientes que potencialmente pagaram pela eternamente adiada opção de condução autónoma que, ano após ano, tarda em chegar, e a quem tinha sido assegurado que o seu automóvel tinha todo o hardware necessário para tornar essa opção possível.
A chegada de um novo radar de alta-definição - que já circulava em rumores desde final de 2020 - vem contrariar a posição da Tesla e Elon Musk de que "bastam as câmaras" para fazer isso; embora seja verdade que Elon Musk retirou o anterior radar por ser algo com resolução efectiva bastante reduzida, e ter deixado em aberto que um radar de "alta definição" seria algo que valeria a pena considerar.
Se for o tal radar de alta-definição de que se falava em 2020, dará resultados mais aproximados dos que se conseguem com um LIDAR, mas com a vantagem de estar livre de interferências atmosféricas (nevoeiro, neve, etc.) que afectam câmaras e LIDAR.
Veremos de que forma é que isto irá afectar o preço dos Tesla a partir de Janeiro e, a mais longo prazo, as capacidades do modo FSD entre os Tesla sem este radar e com este radar (se alguma vez chegar a ser disponibilizado).
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