Para evitar disputar um processo nos tribunais, a Google diz estar disposta a eliminar todos os dados recolhidos de milhões de utilizadores que usaram o modo Incognito do Chrome.
O processo remonta a 2020 e é referente à recolha de dados que a Google fez, mesmo quando os utilizadores utilizavam o modo Incognito do Chrome, que pensavam ser uma garantia de maior privacidade. O processo acusa a Google de ter enganado os utilizadores, não informando devidamente que continuaria a recolher dados sobre os sites que utilizadores visitavam nesse modo. Para todos os efeitos, o modo Incognito funciona apenas como uma sessão secundária do Chrome, com os cookies separados da sessão principal, e sem registo do histórico de sites visitados.
Para resolver a questão sem se sujeitar à decisão dos tribunais, a Google diz que irá apagar os milhares de milhões de dados que foram recolhidos em modo incognito, e também apresentar de forma mais clara que tipos de dados continuam a ser recolhidos nesse modo. Também aplicará a opção de bloquear os cookies de terceiros de forma pré-definida no modo incógnito.
Durante a fase inicial, a Google foi fornecer comunicações internas, e onde em 2019 um dos seus executivos alertava Sundar Pichai para o risco da Google estar a fazer passar a imagem de que o modo Incognito estava associado a "privacidade", quando na realidade não era o caso. Talvez da próxima vez o CEO da Google deva estar mais atento às preocupações dos seus directores, que neste caso poderiam ter evitado este processo.
Oficialmente, a Google diz que o processo nem sequer tem razão de existir, dizendo que os dados nunca foram associados aos respectivos utilizadores e são apenas "velhos dados técnicos" que têm todo o prazer em eliminar. Obviamente, não explica porque, se são dados assim tão descartáveis, porque motivo se deu ao trabalho de os recolher durante anos.
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