Anacom exige baixa de preços ou aceitação de rescisões às operadores; a iRobot quer vender plantas das casas dos clientes geradas pelos Roomba; o iOS 11 evita ligar-se a redes WiFi de fraca qualidade; o MS Paint chega ao fim após quase quarenta anos de serviço; e ainda a preocupação sobre se a Google, Facebook e Amazon serão os monopólios do séc. XXI.
Antes de passarmos às notícias do dia, relembro que já temos nova prenda para oferecer esta semana: uma Xiaomi Mi Band 2, e que para além disso estão a terminar os passatempos do livro FCA sobre a criação de sites com Bootstrap, e ainda o que te pode dar um smartphone Leagoo T5 com 4GB de RAM e câmara dupla.
Elon Musk e Zuckerberg com visões diferentes dos riscos da Inteligência Artificial
Temos "novela" digital sobre a questão da Inteligência Artificial, entre Elon Musk e Mark Zuckerberg. Musk tem sido uma das pessoas que tem alertado para os potenciais riscos de uma Inteligência Artificial que seja deixada sem controlo (num cenário ao estilo da Skynet dos filmes Terminator), já Zuckerbg, opta por ter uma visão mais optimista e que até se mostra preocupado por Elon Musk estar a gerar "medo" em torno desta tecnologia.
Só que Elon Musk também não é pessoa para ficar calada, e em resposta a isso avançou com um tweet em que diz que os conhecimentos de Zuckerberg em relação a este assunto são "bastante limitados".
... Parece que, se chegarmos a ter uma Skynet e for necessário fugir para Marte, Zuckerberg acaba de perder a oportunidade para ter uma boleia dos foguetes da SpaceX. :)
Huawei desafia os portugueses a votar na Melhor Fotografia de Portugal
Já chegamos ao fim da primeira fase do desafio Portugal sem Tripé da Huawei, que procura descobrir a melhor fotografia de Portugal captada com um smartphone. Encontrados os finalistas de cada uma das sete regiões escolhidas, chegou o momento de serem os portugueses a votar para "A Melhor Fotografia de Portugal".
Agora, os 7 finalistas estão fotografar Portugal com o smartphone Huawei P10, colocando a fotografia num nível superior. Estas fotografias são colocadas na galeria pessoal de cada um dos finalistas na plataforma do Portugal sem Tripé. O público pode votar nas melhores fotografias até amanhã, dia 26 e, entre as mais votadas, o júri vai escolher a fotografia que melhor representa Portugal.
GIF Maker da Giphy já trabalha em browsers mobile
Querem criar um GIF animado, mas não querem instalar uma app para o efeito por ser algo que apenas fazem raramente? Sem problema. A partir de agora já podem usar o GIF Maker da Giphy a partir do browser no vosso smartphone ou tablet.
Bastará seleccionar uma sequência de fotos, adicionar texto e stickers, fazer os desenhos que se quiserem... e o resultado será uma obra de arte animada... usando gloriosa tecnologia dos anos 80 que, 30 anos depois, ainda continua a ser a forma mais comum de partilhar pequenas imagens animadas (e nem sempre tão pequenas quanto seria desejável).
Índia vai proibir carros sem condutor para proteger empregos
Quando se tem um país com mais de 1.3 mil milhões de pessoas as prioridades parecem ser outras, com a Índia a anunciar que não tem qualquer interesse em automóveis autónomos - muito pelo contrário, até vai proibir a sua utilização por forma a garantir o trabalho dos condutores humanos.
Já agora, porque não proibir a própria utilização de automóveis e comboios, fazendo com que o transporte tivesse que ser feito em carruagens puxadas por pessoas? Seria da maneira que para cada pessoa transportada haveria trabalho para meia dúzia de pessoas a puxar... :P
Curtas do dia
- HMD vai revelar Nokia 8 a 16 de Agosto
- Sundar Pichai passa a integrar direcção da Alphabet
- Foxconn está a considerar produção de painéis TV nos EUA
- Google diz que teremos 11 smartphones Daydream VR até ao final do ano
- Google, Facebook e Twitter tem que cumprir exigências Europeias até Setembro
Resumo da madrugada
- MS Paint chega ao fim
- Dell UltraSharp U3818DW
- Apple aposta no The Rock para promover a Siri
- iOS 11 evita ligar-se a redes WiFi de fraca qualidade
- Fairphone 1 não resiste aos anos e deixa de ser suportado
- Google, Facebook e Amazon são os monopólios do séc. XXI?
- Anacom exige baixa de preços ou aceitação de rescisões às operadores
- iRobot quer vender plantas das casas dos clientes geradas pelos Roomba
- OnePlus está a enviar notificações com publicidade para os seus smartphones
Carlos,
ResponderEliminarO teu ultimo paragrafo ficou um bocadinho mal, gozas com uma medida que até ver faz algum sentido.
Se num mundo já muito industrializado existe tanto desemprego o que irá acontecer com mais uns quantos robôs(carros autónomos) a atirar mais uns milhares/milhões de pessoas para o desemprego por tudo o mundo?
Como vamos criar emprego para tantas pessoas?
Vamos dar subsídios para as pessoas ficarem em casa a olhar para as paredes?
Não... não faz sentido manter pessoas a fazer trabalhos "estúpidos" que poderão ser feitos por máquinas.
EliminarSim... será preciso repensar a sociedade que se quer para o futuro.
Não esquecer que ao longo dos últimas décadas (em particular desde a revolução industrial) muitos foram os trabalhos extintos, e que ninguém parece estar preocupado com isso... Ou achas que alguém estará disposto a trocar o seu carro com motor de arranque eléctrico por um em que seria preciso ter um "chauffeur" para dar à manivela?
Ao pensar no futuro, as pessoas parece que se esquecem de como era no passado...
EliminarSe formos a pensar assim, podemos dizer que todos os trabalhos são estúpidos e que provavelmente um dia(se não já hoje) todos podem ser feitos por máquinas, até mesmo médicos,enfermeiros, cirurgiões etc.
ResponderEliminarAgora antes de implementar esse tipo de "revoluções" é necessário precaver todas as consequenciais das mesmas, o que não estou a ver a acontecer. Estou a ver o fosso entre os ricos e pobres, dependentes e independentes a ser cada vez maior.
Por isso é que essa medida da índia não me choca rigorosamente nada. Colocar maquinas a fazer trabalhar perigosos para a vida humana apoio a 100% agora retirar empregos em prol de um consumismo desmedido não apoio.
Filmes de ficção futuristas(ex: Elysium) mostra bem o que nos espera o futuro.
Pegaste em exemplos errados... Olha para o futuro idealizado por Gene Roddenberry para o Star Trek, em que qualquer pessoa pode ter o que quer à distância de um botão (com os famosos replicadores), e onde a sociedade se pode dedicar a outras coisas mais produtivas do que manter empregos "só por que sim"...
EliminarO curioso é que não vejo ninguém a preocupar-se com as próprias pessoas que estão nesses empregos, se os estarão a fazer por vontade própria ou meramente por necessidade; e se, caso tivesse opção de escolha, não prefeririam estar a fazer outra coisa que realmente gostariam de fazer.
Também não compreendo a comparação de que, se as máquinas fizerem muito do trabalho actual, as pessoas terão que "ficar a olhar para o ar". Há sempre coisas para fazer. Há 40 anos atrás ninguém imaginaria que poderia estar a sobreviver a criar páginas na web ou a programar arduinos, ou até a ganhar a vida à custa de fazer streaming de jogos... para cada coisa que desaparece há N novas coisas que se podem criar - tem sido assim desde o início da civilização, e assim continuará a ser, independentemente dos travões que se tentarem aplicar.
"... Parece que, se chegarmos a ter uma Skynet e for necessário fugir para Marte, Zuckerberg acaba de perder a oportunidade para ter uma boleia dos foguetes da SpaceX. :)" :D :D
ResponderEliminarO problema tem muito mais que se lhe diga do que à partida possa parecer.
ResponderEliminarO problema reside no facto de a tecnologia não estar efetivamente a funcionar em prol do equilíbrio e da sã convivência da humanidade mas apenas de uma pequena parte integrante dessa humanidade.
A Índia não é a maior democracia do mundo à toa. Aos olhos do pobre ignorante cidadão ocidental, a caótica forma de funcionamento daquela sociedade pode parecer primitiva, mas a Índia é, até mais ver, um dos países cuja verdadeira tolerância multicultural, étnica e religiosa em plena democracia serve de grande exemplo para tantos outros países em vias de desenvolvimento.
Manter aquele frágil equilíbrio e conseguir dar um mínimo de condições aceitáveis para que a economia não colapse ou não se desiquilibre pendendo apenas para o lado dos mais fortes, não será certamente tarefa fácil.
Nós, os ditos "evoluídos" ocidentais, temos que repensar muitas vezes e com muito mais esforço sobre o que é verdadeiramente melhor para todos e não apenas para um determinado restrito grupo de pessoas.
"The Asian Development Bank estimates India's population to be at 1.28 billion with an average growth rate, from 2010-2015, at 1.3%. In 2014, 49.9% of the population aged 15 years and above were employed. However, there are still 21.9% of the population who live below the national poverty line.[24]
EliminarAccording to Global Wealth Report 2016[25] compiled by Credit Suisse Research Institute, India is the second most unequal country in the world with the top one per cent of the population owning nearly 60% of the total wealth.[26]"
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Poverty_in_India
Carlos, sabes que tenho um apreço por este blogue e pelo teu trabalho, mas decididamente, tens que reconhecer que há necessidade (da tua parte) em começar a ver as coisas um pouco menos enviesadas devido àquilo a que a chamada "maldição da informação" provoca em nós (medianos consumidores de informação de fonte ocidental e com viés bastante impregnado pelo ponto de vista americano).
EliminarPor acaso leste a última frase logo no primeiro parágrafo desse artigo da Wikipedia? Olha atentamente para o que refere:
"In 2015, around 170 million people, or 12.4%, lived in poverty (defined as $1.90 (Rs 123.5)), a reduction from 29.8% in 2009."
Sabes bem o que significa reduzir 17,4% (num período de 6 anos) o índice de pobreza de um país que é um quase um continente quer pela dimensão física, quer pela dimensão demográfica?
A sério, leva tempo, dá trabalho, mas irá trazer grandes benefícios: Começa a observar o mundo com um ponto de vista menos ocidentalizado.
Sou dos que mais reconhecem que a tecnologia tem pontos muito positivos, mas também sou muito crítico, e não há forma de virar a cara sem ter que o fazer de forma hipócrita quando consideramos os malefícios que grande parte da tecnologia (principalmente a que está dependente ou em torno das Tecnologia da Informação) está a fazer às classes mais desfavorecidas.
Já para não dizer que, o fosso entre ricos e pobres aqui na Europa Ocidental (com grande destaque para Portugal devido ao que as péssimas políticas ditas avançadas e ocidentalizadas fizeram na nossa sociedade em particular). Olha para isto:
http://www.tsf.pt/portugal/interior/fosso-entre-pobres-e-ricos-aumenta-em-portugal-ha-cinco-anos-consecutivos-4410824.html
E já agora, olha para a mesma situação, mas a nível global:
https://ionline.sapo.pt/493798
Ainda aqui há dias publicavas um artigo tão curioso acerca desta temática, pelo que tenho mesmo esperança que esse tipo de posicionamento só possa ser parte de um mal entendido, provavelmente temporário:
http://abertoatedemadrugada.com/2017/07/google-facebook-e-amazon-sao-os.html
Bom dia.
ResponderEliminarOlhem bem para o que acontece com as autoestradas portuguesas.
Empresas que rendem milhões, como é possivel deixar automatizar as portagens, quando existem tantos desempregados no pais. Nestas situações sou a favor " proibir a sua utilização por forma a garantir o trabalho dos humanos."
Cumprimentos.
É um exemplo a considerar, sem dúvida.
EliminarA questão que fica nem é tanto aquela do tipo:
"-onde colocaremos a pessoas a trabalhar depois?"
No meu ponto de vista pessoal, é mais ou menos antes deste tipo:
"- Como a disparidade de poder por parte de meia dúzia de empresas a nível global, como conseguirão os menos favorecidos fazer frente face aos poucos que controlarão o monopólio mundial da produção, dos serviços ou até do entretenimento?"
Não estaremos a caminhar a passos largos para uma espécie de escravatura económica, em que nós, o que têm menos, são obrigados a garantir astronómicas somas periódicas de recursos financeiros para os poucos abastados que monopolizam as áreas chaves das sociedades?
Não será a tomada de decisão por parte do governo indiano uma curiosa e diferente forma de observar o rumo das coisas e de tentar fazer com que as coisas não fiquem demasiado (ou irremediavelmente) diferentes daquilo que agora temos no que respeita ao fosso entre ricos e pobres?
Não será aquela decisão uma fonte de inspiração para tantos outros países em torno deste planeta, para que repensem também no que se pode fazer de diferente para proteger as suas próprias sociedades?
(Já gora, vale a pena pensar nisto! ;) )
Sem dúvida que as coisas têm melhorado (mau seria se assim não fosse), mas também te podes interrogar se essas melhorias não se têm devido, em grande parte, as novas tecnologias. Os smartphones vieram revolucionar o acesso à informação, e em países como a Índia (e muitos países africanos) foram essenciais para a transformação que se assiste.
EliminarPor isso, mesmo sendo um tópico de discussão interessante e onde cada um tera a sua visão/posição, eu prefiro continuar a olhar para a tecnologia como sendo parte da solução e não do problema (não pondo em causa que o seu impacto obrigará a mudanças na sociedade, esperando-se que sejam para melhor).
Mas Carlos, nunca duvides que eu próprio também acho que a tecnologia é parte da solução. Claro que é!
EliminarSó não é "a" solução!
Nem é solução única, nem é solução para tudo.
E esse pequeno detalhe, faz toda a diferença.
Na verdade, o resumo deste tema será sempre este: "Coloquem-se as pessoas primeiro, e só depois as empresas, os negócios e o dinheiro." ;)
Se assim for, a tecnologia estará sempre no lugar devido e ao serviço das pessoas.
Ora, nisso concordamos completamente. O problema não é a tecnologia... o problema são as pessoas. :)
EliminarE infelizmente, se melhorar a tecnologia pode ser feito a alta velocidade e com resultados imediatos, melhorar as pessoas/mentalidades é algo bem mais difícil e demorado.
Não era para dizer mais nada, mas vou ter de dizer:(
EliminarEm cima criticas uma pessoa que tenta por as humanos a frente da tecnologia, em baixo dizes que o problema são as pessoas. Sei que tens uma obsessão grande pelos carros autónomos mas também sei que selas bastante pela tua privacidade, mas estes dois são incompatíveis. Sabes que quando os carros forem 100% autónomos, não podes dar sinais de luzes a alguém que conheces, mesmo que vejas um cãozinho no meio da estrada não poderás parar para o tentares ajudar, se vires um por de sol, não poderás parar para tirar uma fotografia. Para alem de muitas outras coisas, basta estares atento quando conduzes. Sei que isto será o futuro mas lutarei sempre contra algo que prejudique a minha privacidade e bem estar.
Não é "obsessão", é simplesmente desejar que: não morram milhares de pessoas por ano, ou fiquem com danos permanentemente, devido a acidentes de viação que seriam facilmente evitáveis se não fossem as distracções ou abusos ao volante; que não se percam milhões de horas por dia nas filas de trânsito, nem os consequentes milhões de litros de combustível gastos sem andar 1cm, e respectivas emissões poluentes; etc. etc.
EliminarInterrogo-me quantas vezes alguém parou para ver o por do sol quando está a fazer casa-trabalho / trabalho-casa... altura em que deveria estar com os olhos na estrada e não a "olhar para a paisagem". (De qualquer forma, num carro autónomo até podes ir a tirar fotografias o caminho todo... realmente, já podes ir a olhar para a paisagem.)
De qualquer forma, não confundir as coisas. Estamos a falar de uma tecnologia que, como qualquer outra, é uma mera ferramenta. Caberá a nós saber tirar o melhor partido dela; e haverá sempre situações onde a mesma poderá ser recomendável, e outras situações onde não o será.
P.S. Em vez de dares sinais de luzes aos amigos, até poderás fazer uma videochamada com eles enquanto vais no carro. ;)
Nota: esses pontos que referiste quanto aos carros autónomos, já acontecem a todas as pessoas que andam: de comboio, de autocarro, de táxi, etc. Não é nenhum "problema" que seja criado pelo facto de se tratarem de carros autónomos.
EliminarEu percebo os teus argumentos :p
EliminarTirando a parte de conduzir e não olhar para lado nenhum. Talvez quem vive perto do Gerês veja as coisas de outra formas ;p
Só mais uma coisa a respeito da tua nota, nem todas as pessoas andam nesses transportes. Dai algumas poderem fazer a diferença. Embora com a falta de civismo que somos confrontados diariamente, dou-te 99% de razão :p
Ps. A obsessão que falei foi no bom sentido, é normal em pessoas como nós que gostamos de tecnologia :P
Abraço :)
Ora aí está... quem andar pelo Gerês bem que tem que manter os olhos na estrada (ou pelo menos, deveria). Um carro autónomo permitira desfrutar da fantástica paisagem que por lá temos...
EliminarMas... confesso que não sei se seria capaz de olhar para a paisagem e confiar a 100% no carro para fazer aquelas fantásticas curvas e contra-curvas onde um erro nos pode mandar por um penhasco abaixo! :)
O mundo sera muito melhor com Automoveis com sensores/cameras e AI. É o futuro!, qualquer empresa que não for nesse caminho vai ficar para traz e acabar por fechar, ai é que vai haver desenprego.
ResponderEliminarNos transportes de mercadorias: baixa os custos e aumenta a quantidade de entregas, já que podem trabalhar 24h 7.
Nos trasnportes de pessoas: baixa os custos (bilhete/passe fica mais barato), aumenta a pontualidade, aumenta a segurança evitando os acidentes, e AI têm o factor paciencia com os humaninhos que o condutor não têm...
No Transporte pessoal: passas de ser condutor a passageiro, aumenta a segurança evitando acidentes estupidos que so os seres humanos conseguem provocar. Imagino até se queres conduzir tenhas no momento assinar um contrato(digital) que assumes todos os riscos em caso de acidente (as companhias de seguros vão adorar esta! :P)
As pessoas que vão ficar sem emprego por razões directas (os condutores) vão ter tempo de se adaptar já que isto não vai acontecer do dia para o outro.
Também imagino um sistema de transisão intermédio, em que exista empresas tipo "call center" onde os motoristas façam monotirização dos Transportes, assumão remotamente a condução em situações que o AI não está fucionar correctamente.