2019/02/25
Smartphones com ecrãs dobráveis vão desapontar
A primeira geração de dispositivos com ecrãs flexíveis arrisca-se a desapontar os clientes habituados aos ecrãs perfeitamente planos, já que são bastante visíveis as consequências "enrugadas" de ter um ecrã que se dobra.
Os fabricantes estão a anunciar os smartphones com ecrãs dobráveis como sendo um passo em direcção ao futuro, mas para os primeiros clientes que estiverem dispostos a pagar os preços exorbitantes que estão a ser pedidos o risco de desilusão será enorme. Isto porque, embora tanto a Samsung com o seu Galaxy Fold como a Huawei com o seu Mate X tenham feito todos os possíveis por apresentar os seus equipamentos sob condições de iluminação ideais, parece ser uma certeza que estes modelos continuam a sofrer do síndrome do "ecrã enrugado" que vimos no FlexPai, em maior ou menor grau.
Mesmo não sendo muito visível nas fotos e vídeos captados com os ecrãs iluminados, este efeito torna-se bastante aparente quando se tem o smartphone nas mãos, e quando se fazem notar todos os reflexos da luz ambiente.
É certo que se pode considerar como um "pequeno preço a pagar" pelo acesso a uma nova tecnologia, que irá evoluir e melhorar ao longo dos próximos anos. Mas por outro lado, quando o "pequeno preço" significa um 2000 ou 2300 euros... não sei até que ponto é que os potenciais compradores apreciarão que o ecrã do seu smartphone dobrável pareça um ecrã de película plástica que parece saído de um brinquedo de baixo custo.
Mais do que a componente visual, importa ainda averiguar que tal é que estas "rugas" se irão fazer sentir ao toque... algo que esperamos poder esclarecer ao longo dos próximos dias no MWC.
Actualização: A Samsung parece estar disposta a substituir os ecrãs dos Galaxy Fold ao fim de 10 mil "dobragens"...
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