2020/07/28
Máscaras transformam comodidade do Face ID em transtorno
O Covid-19 veio transformar os hábitos da nossa sociedade e, com a utilização generalizada (e em certos casos obrigatória) de máscaras, revelam também a má estratégia para as empresas que apostaram exclusivamente em sistemas de reconhecimento facial como forma de aceder aos smartphones, como é o caso da Apple com o seu Face ID.
Contrariamente ao que se esperava na altura - que a Apple adoptasse um sensor de impressões digitais no ecrã - a Apple optou por adoptar unicamente um sistema de reconhecimento facial (Face ID) a partir do iPhone X, que mesmo tendo sido um avanço tecnológico na altura, não resolve a questão de não funcionar com uma máscara colocada. A comodidade de pegar num iPhone e, de forma quase instantânea estar desbloqueado e pronto a usar, desaparece, e em seu lugar temos um regresso ao passado - com a necessidade de introduzir um PIN ou password manualmente.
A utilização de máscaras tem lançado o caos entre os sistemas de reconhecimento facial, mas no caso prático da utilização diária do smartphone no dia a dia, revela como foi imprudente a aposta exclusiva no reconhecimento facial. Isto numa altura em que se promove o smartphone como forma de pagamento, fazendo com que o transtorno de o desbloquear se repita de todas as vezes que for necessário fazê-lo. O ritual de pegar num iPhone com Face ID, olhar para ele para o desbloquear e fazer um pagamento, é agora algo que implica: introduzir o código PIN (que para oferecer um mínimo de segurança terá que ter pelo menos 6 dígitos), ou em alternativa, obrigar a puxar a máscara para baixo momentaneamente, para que o Face ID possa funcionar (nada prático se tivermos o iPhone numa mão e a outra mão ocupada).
Não se tem ouvido nada quanto à possibilidade da Apple adicionar um Touch ID no ecrã aos iPhone 12, mas esse é um aspecto que me parece ser de importância essencial para esta nova era pós-Covid-19. Se os iPhone 12 deste ano vierem unicamente com Face ID, e tendo em conta que o cenário de obrigatoriedade de utilização de máscara se deverá manter ainda por bastante tempo nos espaços públicos, o processo de desbloqueio dos iPhone 12 continuará a ser um transtorno que prejudicará os seus utilizadores no dia a dia. Esperemos que em Setembro a Apple possa revelar ter tido isso em consideração e anunciar o regresso do Touch ID, desta vez integrado no ecrã como grande parte dos fabricantes de smartphones Android já fizeram. Senão... estaremos a falar de ter um iPhone topo de gama, que obriga os utilizadores a fazer diariamente aquilo que não faziam desde a chegada do Touch ID no iPhone 5S em 2013: estar constantemente a escrever um PIN de cada vez que se quer utilizar o iPhone!
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Aconteceu-me exatamente isto com o meu Pixel 4XL...
ResponderEliminarNunca consegui aceitar o Face ID como única solução. A Apple tem de ouvir aos seus utilizadores e não impor sempre a sua vontade porque acha sempre que é o melhore para eles. Os 2 sistemas integrados seria o ideal e assim o utilizador escolhe qualquer método de desbloqueio.
ResponderEliminarEu mantenho-me com o meu iphone 8 Plus e não penso trocar por um mais recente até integrarem o Touch ID, além de que estou a tentar esticar a duração do terminal até os 5 anos. E sinceramente não acredito que seja este ano que irão colocar o touch ID por baixo do ecrã.
A última versão do iOS já tem o face id preparado para funcionar com máscaras.
ResponderEliminarOk pede logo o código mas não deixa de ser impratico!
EliminarAo menos que permitisse fazer 2 perfis de scan com e sem máscara (como para o perfil de 2 pessoa)
A questão é que a máscara varia demasiado, e deixa poucos físicos reais do rosto para fazer o reconhecimento válido. (O reconhecimento da íris como o que a Samsung fazia podia ser uma alternativa; mas continuo a achar que seria bem mais fácil e prático meter o Touch ID no ecrã)
EliminarAinda não experimentei, mas penso que dá para criar "2 perfis de scan".
EliminarSe qualquer forma, preferia ter o Touch ID.
"Covid19 transforma comodidade da vida em transtorno"
ResponderEliminarNão necessariamente... nos meses que fiquei em casa até estava bem cómodo, a dar uso à entrega ao domicílio e afins... :)
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