A Apple está a ficar preocupada com o número de processos que se amontam sobre o seu controlo da App Store e acesso à plataforma iOS, e lança nova ofensiva que faz questão de ignorar as suas próprias incongruências, fazendo tudo por tudo para tentar convencer o público (e principalmente os políticos e juízes) de que não ter opção de instalar apps é muito melhor que ter essa opção.
O argumento é aquele que já se imaginaria: de que ao instalar apps de fora da App Store os utilizadores ficam mais expostos a apps maliciosas; mas claro que quando é relembrada que isso é perfeitamente possível (desde sempre) no seu macOS, a resposta é que as coisas "são diferentes". A Apple tenta escapar a essa questão dizendo que os dados num smartphone são "mais pessoais" do que os que temos num computador - aparentemente esquecendo-se que a maioria das coisas que se faz no smartphone também será feita no computador, aceder a bancos, manter a colecção de fotos, etc. enfim... tudo o que se pode enquadrar em tão "pessoal" quanto possível.
Quanto à preocupação com fraudes, isso será outro dos tópicos interessantes. Não só existem apps fraudulentas na App Store (que o diga o senhor que perdeu 600 mil dólares numa delas), como a Apple pouco ou nada tem feito para combater a invasão de apps falsas que vão facturando milhões de forma abusiva.
No final, o ponto essencial a que tudo se resume, e ao contrário do que a Apple quer fazer crer, ter a opção de escolher instalar uma app de outra fonte que não seja a App Store é apenas isso, uma opção. Uma opção não obriga que o utilizador tenha que instalar uma app por outra via, se assim não o quiser fazer; nem o coloca em mais risco do que estar a fazê-lo no macOS que a Apple considera ser seguro para os seus utilizadores. Tudo o resto é apenas "conversa" para distrair deste ponto essencial.
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