Há muito que os serviços de mensagens no ocidente cobiçam a multiplicidade de opções que existem nos serviços de mensagens na China como o WeChat, que se tornaram nas chamadas super-apps, permitindo fazer literalmente de tudo directamente a partir da app: com fazer compras em diversas lojas, fazer pagamentos, chamar serviços de táxis, encomendar comida, comprar bilhetes, e tudo o mais. Algo que por cá ainda continua muito atrasado, apesar de todos tentarem replicar esse formato - como o Telegram tem feito com os seus bots e suporte para sites interactivos na app. E agora é a vez do WhatsApp.
O WhatsApp fez uma parceria com o JioMart na Índia, uma cadeia de super-mercados, permitindo aos utilizadores fazerem as compras directamente na app usando um misto de chat e páginas interactivas.
Este sistema acaba por ser mais práticos em países e regiões onde o acesso à internet torne mais apelativo a utilização dos programas de mensagens para este efeito, evitando visitar sites web tradicionais com processos de compra e pagamento mais complexos. Por outro lado, acaba por tornar estes serviços de mensagens em verdadeiras plataformas que acabam por se sobrepor ao papel dos "browsers", com o grande inconveniente de serem completamente fechadas e totalmente proprietárias. Veremos de que forma essas intenções irão colidir com a exigência da UE de plataformas abertas e que permitam a comunicações com serviços concorrentes.
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