O final de ano é sempre um momento propício para fazer um balanço do que se passou, e o nosso Luis Costa faz precisamente isso, revisitando os principais acontecimentos para as diferentes marcas que surgiram frequentemente nossas notícias diárias.
Este foi um ano bastante interessante em termos tecnológicos, pois tivemos um pouco de tudo e para todos os gostos. Os smartphones, apesar de continuamente nos deixarem com a sensação de que já não trazem "nada de novo", continuam a ficar cada vez melhores... mas também ficou demonstrado que até as grandes marcas podem cometer grandes erros.
No mercado dos tablets, pouco ou nada de significativo aconteceu, com as diferentes marcas a limitarem-se a uma actualização dos modelos que apresentam anualmente, e os utilizadores a optarem por manterem os seus tablets durante muitos mais anos, em vez de os trocarem de ano a ano. As TVs e as Box Android são talvez uma das áreas onde poderá registar-se uma maior evolução, mas para isso a Google terá de conseguir colocar o seu Google Assistant num outro nível.
Passemos então à revista do ano, por ordem alfabética.
Acer
Alcatel
Depois de um bem sucedido idol 3, a Alcatel apostou forte no idol 4,tendo para isso apresentado. dois modelos, um idol 4 e um idol 4S. Aquando do primeiro contacto com os equipamentos no MWC em Barcelona, não foi possível saber se o Snadragon 652 do idol 4S era capaz de alimentar o ecrã QHD escolhido para este modelo. A análise feita alguns meses mais tarde, veio a mostrar que esta tinha sido uma excelente opção da Alcatel, que apenas pecava pelo excessivo aquecimento do terminal. A ausência de um bom sensor de impressão digital foi um ponto que pesou negativamente na avaliação do equipamento.
Apple
Para a marca da maçã, o ano não trouxe grandes surpresas, e embora o iPhone 7 tenha conseguido novamente conquistar o mercado, começa também a fazer-se sentir o cansaço dos fãs e os efeitos dos preços elevados dos seus equipamentos (notícias de um novo corte de 10% na produção mostra que isso também se faz sentir). De qualquer forma, o "toque de Midas" da marca continua a estar em forma, com a empresa a absorver cerca de 90% dos lucros do sector à custa dos 10% de mercado que detém.
Para 2017, ano do 10º aniversário do iPhone, é que são esperados os "trunfos" da marca... e que todos, fãs e concorrentes, estarão bem atentos para descobrir.
Asus
O ZenFone 3 é a imagem da ambição da marca com sede em Taiwan. Aproveitante o sucesso do ZenFone 2 nas suas múltiplas variantes, a Asus procurou capitalizar o sucesso obtido. Foi obrigada a trocar os processadores Intel, tendo a escolha recaído nos Snapdragon para a gama média e alta e nos MediTek para a gama de entrada.
A subida de preço do ZenFone 3, passando dos 349 para o 379 não foi uma boa notícia para o consumidor, especialmente devido ao facto de a marca ter optado pelo Snapdragon 625, em vez do muito Snapdragon 652, que apresenta outro nível de desempenho.
A versão Deluxe chega para se bater com os topos de gama das outras marcas, tendo para isso a Asus optado por um corpo em metal e um Snapdragon 820, mas mantendo o ecrã FullHD. É uma aposta arriscada, em 2017 logo saberemos como correu.
bq
A marca espanhola surpreendeu este ano ao apresentar um bq X5 para se bater na gama média e um X5 plus com um Snapdragon 652, que lhe permite um outro nível de desempenho.
A gama Aquaris U representa um regresso em grande à gama de entrada/gama média, com a bq a apresentar um produto ao nível do que já tinha feito nos primeiros anos de mercado.
A política inspirada na Apple não se ficou por este aspecto do brnding, tendo a Google optado por reservar algumas das funcionalidades para os Pixel, facto que não caiu nada bem junto dos utilizadores e nos Nexus em particular.
Huawei
O Nova foi uma surpresa a todos os níveishttp://abertoatedemadrugada.com/2016/11/analise-ao-huawei-nova.html. Primeiro porque se esperaria um Mate S2, depois pelo design, claramente inspirado no Nexus 6P que também foi responsabilidade de Huawei. Peca apenas pela escolha do processador (Snapdragon 625), especialmente devido ao seu preço de venda.
A grande estrela acabou por ser o Mate 9, que teve direito a uma parceira com a Porsche. Este modelo exclusivo estreou o ecrã QHD nos Huawei, mas o seu preço coloca-o num patamar destinado aos coleccionadores. A versão para o consumo ficou-se pelo ecrã FullHD, o que é uma pena pois estamos da presença de um ecrã de 5,9". O processador Kirin 960, as câmaras e uma inesperada actualização da interface EMUI, constituem-se como os pontos fortes deste smartphone.
Uma palavra ainda para os Honor, smartphones que merecem uma atenção por parte do consumidor, apresentando uma relação qualidade/preço muito interessante.
LAIQ
Depois de New York e Dubai, chegou o Glow, um smartpthone bem pensado, com argumentos para se bater na gama média. O preço algo elevado e um Android desactualizado acabam por penalizar o equipamento desta marca portuguesa que arrisca entrar num segmento ultra-competitivo.
Lenovo
É talvez das marcas mais interessantes, fruto do historial da Motorola, mas continua manter-se por Espanha, ignorado o mercado Português. A quarta geração dos Moto G e o Moto Z teriam por certo muito sucesso por estes lado. A opção é outra, pelo ficam os utilizadores limitados ao que chega às lojas da especialidade e ao que a Amazon apresenta.
A surpresa acabou por ser o Yoga Book, um tablet com um teclado inovador que poderá saltar para outro nível de produtividade com a chegada do Android Nougat.
LG
Se tivermos em conta que o topo de gama G5 não teve direito a uma apresentação oficial em Portugal, os resultados deste modelo acabam por não surpreender. Apesar de ter um terminal interessante, com um sistema modular, a LG acabou por não o conseguir vender. Quem teve a oportunidade de lidar de perto com o mesmo, por certo que terá uma opinião bem mais favorável deste smartphone.
OnePlus
TP-Link
Marca com muito historial no mercado da comunicações, apresentou agora os seu primeiros smartphones. Os Neffos são um bom primeiro passo, com espaço para melhorar. Vamos ver o que a marca prepara neste segmento para 2017, podendo já dar resposta ao feedback dos seus clientes.
Samsung
Foi um ano agridoce para a marca Sul Coreana. Se por um lado os Galaxy S7 e S7 Edge foram uma agradável surpresa, o cancelamento do Note 7 acabou por manchar a prestação da Samsung.
Apresentados com o apoio do Sr. Facebook, os S7 conseguiram inverter os resultados menos conseguidos do Galaxy S que se lhe antecederam. Uma ergonomia melhorada e um TouchWiz cada vez mais simples e menos intrusivo contribuíram para o sucesso destes smartphones.
A lamentar apenas o caso Note 7, equipamento que muito prometia, mas que acabou por sair pela porta pequena. Aguarda-se ainda uma explicação formal sobre o que terá levado à explosão das baterias.
Sony
O caso da Sony é um misto do que se passa com a Lenovo e LG. Em Barcelona tivemos contacto com a nova série X, bastante interessante. A sua chegada a Portugal ficou no entanto marcada por uma campanha de marketing algo polémica, que acabou por não conseguir catapultar os smartphones para os níveis de popularidade que por certo os responsáveis da marca tinham delineado.
O Xperia XZ surge como uma lufada de ar fresco, fugindo às linhas que têm marcado as opções dos concorrentes. Tem hardware capaz de um bom desempenho e uma câmara que tem recolhido boas avaliações por parte da crítica. Resta saber se o público foi sensível aos seus argumentos.
Xiaomi
A marca chinesa surge como outsider, sendo a única que não está disponível oficialmente no nosso mercado. Este facto no entanto não tem sido impeditivo para muitas pessoas, que optam por recorrer às lojas online para comprar os equipamentos desta marca.
Seja na gama de entrada, média ou alta, a Xiaomi tem propostas sempre muito interessantes, com preços altamente tentadores e um sistema de actualizações que faz corar os seus concorrentes.
Enfim... 2017, será mais um ano em grande para a tecnologia, e cá estaremos para diariamente ir acompanhando e partilhando o que se passa!
Por: Luis Costa
E a HTC?????
ResponderEliminarLonge vão os tempos de glória da HTC. A sua presença em Portugal é residual.
Eliminar