2019/05/13

Notícias do dia

iOS 13 pode deixar para trás iPhone 6, 5S e SE; Elon Musk mostra primeiros 60 satélites Starlink prontos a serem lançados; Android Q vai detectar acidentes de automóvel nos Pixel; actualização falhada deixa pulseiras electrónicas Holandesas sem comunicar lançando caos entre as autoridades; Roomba modificado diz asneiras quando bate nas coisas; GPS tracker permite espiar utilizadores remotamente; nas promoções o Smartwatch Ticwatch E (Wear OS) a €107; o Digital Wellbeing é responsável por lentidão no Pixel 3; canal do YouTube expõe o abuso dos direitos de autor por parte de quem os detém; e a VW mostra mais um carro eléctrico "bom e barato" para 2020.

Antes de passarmos às notícias de hoje, já temos livro FCA escolhido para oferecer esta semana: Android Profissional - Desenvolvimento Moderno de Aplicações. Não deixem de participar.

App Store da Apple também vai enfrentar tribunais dos EUA




À semelhança do que está em curso na Europa, também nos EUA a Apple terá que enfrentar um processo por abuso de posição dominante ao fechar o acesso ao iOS exclusivamente via a sua própria App Store. O Supremo Tribunal dos EUA recusou as objecções da Apple, que alegava que um processo deste tipo apenas poderia ser lançado por developers; mas os juízes não viram razões para impedir que o mesmo pudesse ser lançado pelo utilizadores finais, que são os principais prejudicados.

Embora alguns developers se tenham insurgido contra a Apple (um dos mais famosos sendo o Spotify), facilmente se percebe que a maioria deles não quereria arriscar potenciais retaliações. Uma "demora" na aprovação de uma app ou actualização poderia ter consequências dramáticas para muitos developers. Agora resta saber se tudo isto irá resultar em mudanças efectivas - como exigir que o iOS permita a instalação de fontes não oficiais, por conta e risco de cada utilizador (à semelhança do que acontece no Android) - ou se irá ficar tudo na mesma.


Amazon adopta máquinas que fazem caixas à medida das encomendas




A Amazon está a começar a retirar as pessoas do processo de empacotamento, optando por usar máquinas que são capazes de fazer caixas à medida de cada encomenda em tempo real.

O processo de empacotar encomendas de forma tradicional é moroso, e obriga a recorrer a caixas com tamanhos fixos pré-definidos. Por vezes, por causa de 1cm pode-se ser forçado a utilizar uma caixa muito maior; para não falar em produtos com dimensões pouco convencionais. Para aumentar a eficiência, a Amazon está a recorrer a máquinas que são capazes de medir as encomendas, criar uma caixa feita à medida, e fazer o empacotamento sem necessidade de intervenção manual. E isto a um ritmo de 600 a 700 caixas por hora (4 a 5x mais rápido que o sistema tradicional manual).


Alunos portugueses conquistam duas medalhas de prata nas Olimpíadas da Ciência



Os alunos portugueses que participaram na edição deste ano da Olimpíada da Ciência da União Europeia (EUSO) conquistaram duas medalhas de prata. A competição, que Portugal acolheu pela primeira vez este ano, decorreu na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA), e reuniu os mais promissores jovens talentos europeus nas áreas da Biologia, Química e Física, contando com a participação de 150 alunos de 24 países.

Os estudantes, todos com menos de 16 anos (a 31 de Dezembro 2018), competiram divididos por 50 equipas (2 equipas por país, 3 estudantes por equipa). Por ser o país anfitrião, Portugal teve 12 alunos a concurso, divididos por 4 equipas. Portugal já tinha conquistado medalhas de ouro em 2016 e 2018, além de 2 medalhas de prata em 2012, e 1 medalha de prata nas edições de 2013 e 2017. Este ano, foram os alunos da Alemanha a vencer, conquistando duas medalhas de ouro.


Uber lança viagens via código PIN em aeroporto nos EUA


Requisitar um Uber na rua é algo simples e prático, mas o sistema não funciona muito bem se houver dezenas ou centenas de pessoas a fazerem-no exactamente no mesmo local - como acontece nos aeroportos. Para lidar com isso a Uber criou um sistema que utiliza um código PIN e permite entrar no primeiro Uber disponível.

Em vez de tentar encontrar o seu Uber no meio de dezenas de veículos, temos uma fila de Ubers livres (de forma idêntica à de uma praça de táxis), e onde bastará entrar no primeiro Uber disponível e dar o código PIN - sendo que daí para a frente se desenrola o processo normal, com o condutor a já saber para que destino vamos, e o pagamento a ser processado como habitualmente. Só o tempo dirá se alguma vez poderá ser aplicado cá em zonas de muita afluência.


Curtas do dia


Resumo da madrugada




5 comentários:

  1. Uma triste notícia sobre "essa tal" de Amazon. Muitos governos batalham contra a Google, Apple e poucas outras, mas poucos verificam o autêntico monopólio que a Amazon está a conseguir obter a nível do retalho na internet... :(

    Mas depois essa fantástica notícia dos alunos portugueses nas Olimpíadas da Ciência... Vá lá... ;)

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    1. Eu não vejo dessa forma. Isto é, não desejaria a ninguém a função de estar a meter coisas em caixotes 8 horas por dia, se isso for algo que pode ser feito de forma mais eficiente por uma máquina. Será mais vantajoso ter estas pessoas a tornarem-se mecânicos que arranjem as máquinas, do que a fazer este tipo de trabalho "chato".

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    2. Embora esteja contigo na inevitabilidade de colocar máquinas a fazer as tarefas mais repetitivas e chatas em vez de seres humanos, infelizmente já não sou adepto da ideia de que este tipo de gigantes esteja cá para ajudar a humanidade a conseguir ter melhores condições de vida.

      Empresas como estas apenas têm como objetivo o domínio dos mercados e a desmesurada acumulação de lucros.

      Seria bom se sempre que uma empresa coloca dez funcionários no desemprego devido à automatização, fosse responsabilizada em formar os mesmos funcionários para conseguirem obter novas competências, tal como sugeriste.

      Infelizmente, não consigo mesmo nada ver a Amazon a seguir esse caminho.

      Aliás, olha o que um dos fundadores do Facebook veio sugerir recentemente, precisamente devido ao grande problema que é deixar o monopólio seja de que setor da economia nas mãos deste tipo de gigantes:
      https://www.theguardian.com/technology/2019/may/09/facebook-chris-hughes-break-up-company-zuckerberg-power

      O poder do monopólio deste tipo de corporações pode parecer muito bonitinho e encantador aos nossos olhos (apreciadores de tecnologia) mas é tudo menos coisa boa para o futuro da igualidade e justiça nas sociedades.

      A minha proposta é: A partir de determinada dimensão empresarial, uma companhia que troque postos de trabalho por máquinas teria que obrigatoriamente garantir a formação e posto de trabalho das pessoas em causa.

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    3. Sim, mas há que estar consciente que essas empresas só existem se houver um mercado saudável, onde existam milhões de pessoas com capacidade para comprar coisas.
      Levado ao extremo, se tudo fosse feito por máquinas e o mundo fosse 99.9% de desempregados, ninguém poderia comprar nada - logo, essas empresas não poderiam existir.

      Quer seja por meio de coisas como redução dos dias de trabalho (há empresa que já estão a testar semanas com 4 dias de trabalho), ou ordenados "sociais" para todos (por conta da taxação da produção robotizada), ou qualquer outra coisa - é mais que certo que serão necessários ajustes e alterações. Por agora os exemplos não têm sido muito bons (veja-se a ganância e corrupção que lidera o mundo). Mas... acho que inevitavelmente as coisas terão que mudar para melhor.

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    4. As coisas estão sempre a mudar para melhor para os que dispõem ou têm acesso aos recursos.

      para os restantes, e se prosseguirmos da forma como estamos a prosseguir, as coisas só podem piorar:
      https://www.theguardian.com/australia-news/2019/may/02/of-course-rich-people-think-inequality-doesnt-matter-they-dont-see-it

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